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Autor: Archipo Góes

do Mundo Miss

Fátima Acris voltando do Miss Brasil 1968

Jornal do Comércio –  1 de julho de 1968

Entrevista com Fátima Acris, voltando do concurso Miss Brasil 1968 realizada pelo Jornal do Comércio.

Regressou segunda-feira passada do estado da Guanabara, a srta. Fátima de Souza Acris, Miss Amazonas 1968, depois de participar, em desfiles, das escolhas de Miss Bahia, Miss Brasília, Miss São Paulo e do Miss Brasil 1968, que ficou com a Miss Bahia, Srta. Marta Vasconcelos.

Inquerida pela reportagem associada, de como foi recebida pelo povo baiano. Fátima, sorriu e disse que: “Pelas informações, sabia que o povo baiano era bom e hospitaleiro, mas sinceramente, fiquei bastante impressionada com as gentilezas com que fui recebida em Salvador. O povo baiano é extraordinário. Gostei imensamente do gesto do prefeito e de sua esposa, colocando à minha disposição, um automóvel, enquanto permanece se em Salvador”.

O repórter ainda sobre a Bahia indagou se Fátima Acris havia gostado de Salvador e se a escolha de sua representante foi justa.

A resposta veio imediatamente:

Miss Brasil
Fátima Acris no Rio de Janeiro

— A Bahia é maravilhosa. Esta é a expressão que pode traduzi-la. O que conhecia, através da história, me foi possível agora ver com meus próprios olhos. Praia de Itapuã, Igreja de São Francisco, a Catedral, o contraste entre cidade baixa e cidade alta, tudo me impressionou grandemente. A Bahia é realmente a sala de beleza e de tradições de nosso país. Quanto à escolha de sua representante Marta Vasconcelos, como Miss Bahia, foi uma decisão justa do júri, coincidindo com a preferência do público que lotou o estádio Antônio Balbino. A Miss Bahia, Marta Vasconcelos, hoje Miss Brasil, é inegavelmente, uma moça realmente bela.

Que achou de Brasília, Fátima? Perguntou o repórter.

Fátima Acris, sorrindo e alegre, respondeu:

— Brasília não tem tradução. É uma cidade-céu, como dizem os brasilienses. Sua construção de belas linhas arquitetônicas prova o arrojo e o espirito empreendedor do povo brasileiro. Brasília é o máximo. Não encontro adjetivos para traduzir sua beleza.

Fátima, a esta altura da entrevista, mostra à reportagem uma fotografia, de quando entregava ao presidente Costa e Silva, uma corbeille de flores e uma flâmula da Suframa.

Outra pergunta do repórter: Fátima, o concurso de Miss Brasil é realmente encontro de beldades e concentração de pontos de vista de diferentes regiões, na realidade da beleza?

— O concurso de Miss Brasil é um presente que os Diários Associados oferecem ao povo brasileiro. É uma festa de beleza, onde se tem oportunidade de ver as belezas de todos os estados brasileiros, oferecendo aos componentes do júri um autêntico quebra-cabeça. Este ano, o índice de beleza foi muito alto, afirmaram os observadores, finalizou.

Miss Brasil
Fátima Acris no Salão dos Espelhos do Rio Negro Clube

E sua viagem aos Estados Unidos, pela Avianca?

— Bem, se conseguir concretizá-la, procurarei aproveitar bem essa viagem e conhecer Miami, principalmente por ocasião da escolha da Miss Universo, agradecendo e muito a gentileza da Avianca, na pessoa de seu gerente, senhor Hildimiro Costa, que tudo tem feito para me proporcionar esse sonho, ao coronel Floriano Pacheco, superintendente da SUFRAMA e seus auxiliares pela ajuda que me deram, para que pudesse me preparar melhor no concurso de Miss Brasil 1968.

Procurarei, onde estive divulgar a Zona Franca, ofertando flâmulas da Suframa, inclusive ao Exmo. Sr. Presidente da República, governador de São Paulo, governador da Bahia, prefeitos das cidades, diretor do Correio Brasiliense e jornalistas, como às revistas Cruzeiro e Manchete. Acho que cumpri com meu dever, divulgar ao máximo a Zona Franca para tirar aquela má impressão que os inimigos da Zona Franca procuram dar ao povo brasileiro.

Quando no Rio de Janeiro fui muito homenageada, comparecendo a coquetéis, onde estiveram presentes a senhora Blanca Bouças, senhoras de ministros, esposa do colunista Ibrahim Sued e convidados especiais.

Divulgou a Zona Franca, Fátima?

Sim, mas antes desejo manifestar meus agradecimentos aos amazonenses.

— Desejo, antes, agradecer a todas as homenagens a mim prestadas, desde que fui eleita Miss-Amazonas. Estou gratíssima ao Ideal Clube, a família Climilton Braga, aos dirigentes dos Diários Associados, nas pessoas do superintendente jornalista Epaminondas Barahuna e Dr. Jaime Rebelo, ao Rio Negro, na pessoa do jornalista Aristophano Antony, a seus diretores e juventude, que por duas vezes me obsequiaram com homenagens desde minha chegada de Coari.

A minha mensagem ao povo amazonense se resume no amor, afeto, carinho e dedicação que transmita ao povo amazonense e o faço sensibilizada, por todas as manifestações de apreço que recebi e continuo a receber como moça do interior, por todos os momentos de felicidade e alegria que me tem proporcionado. Tudo de bom que tenho sentido, em Manaus, toda a dedicação do povo manauara, quero transferir grande parte à mulher do meu município, ao povo coariense, à família do deputado Dorval Vieira, grandes amigos e incentivadores, a quem devo muito, não esquecendo, o meu querido Tijuca Clube. A todas os meus mais sinceros agradecimentos, e a prova de minha sinceridade.

Agradecemos as palavras da Miss Amazonas 1968. Fátima de Souza Acris e desejamos a ela, felicidade, no reinado de beleza.

NATUREZA AMAZÔNICA

Miss Brasil

O Traje Típico com que Miss Amazonas 1968, — A suavíssima Maria de Fátima Acris, desfilou suavemente pela passarela do Maracanãzinho, — Compõe-se, em suscinta descrição dos elementos:

Cabeça: — Num arranjo original, nas cores lilás, amarelo-queimado e verde musgo derramava-se lindas Orquídeas.

Blusa: — Em fundo azul Turquesa, com mangas que descem até o antebraço, ficando bem abertas ao final, em laminado amarelo-ouro que representa a Foz do Amazonas e o famoso fenômeno mundialmente conhecido — Encontro das Águas. Destacam-se aí nessa parte do traje, em aplicações, as flores Silvestres que enfeitavam a floresta Tropical, pelas margens do grandioso Rio Amazonas, seus afluentes, subafluentes, lagos, igarapés, igapós, furos e paranás.

Saia: — Na parte superior destaca-se a Flora Amazônica. A parte inferior, inspira-se na beleza natural do Rio Negro, em frente à cidade de Manaus. Representa a verde Canarana, o leve Mururé e a famosa Vitória Régia. A natureza amazônica está simbolizada nesse originalíssimo e oportuno traje.

Pés: — Elegante bota de meio cano, simbolizando aquelas usadas pelos mateiros para penetrar a Hileia e palmilhar os chavascais do Rio Amazonas.

Leia mais em:

A História do Miss Coari (1940 – 1967)

Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas

Do Ouro Vermelho ao Ouro Negro: o crescimento econômico de Coary – Parte 01

Entrevista com Mara Alfrânia, Miss Coari 1990

Archipo Góes

Nesse texto vamos narrar a história do Miss Coari 1990 e transcrever a entrevista com a Miss Mara Alfrânia Batista Batalha.

No dia 02 de agosto de 1990, aniversário de emancipação Política de Coari, aconteceu um inesquecível concurso de miss que ficou marcado na lembrança de cada coariense que assistiu aquele concurso na quadra de esporte São José.

A seleção das candidatas foi primorosa, pois foram 7 candidatas de alta índice de beleza plástica, desenvoltura e simpatia, um verdadeiro time dos sonhos de qualquer concurso de misses coarienses: Mara Alfrânia Batista Batalha (Miss Coari), Rosemary Gomes Fogassa (Primeira Princesa), Ângela Sheila Lima Ribeiro (2ª Princesa), Fabiana Raírima da Conceição Gomes (4º Lugar), Belanice Gonçalves Rodrigues (5º lugar), Nalra Milene da Cruz Gonçalves (6º lugar) e Elanes Rebolças Rocha (7º lugar).

A premiação da vencedora foi uma passagem Manaus/Fortaleza/Manaus com direito a acompanhante.

Mara Alfrânia
Mara no “Miss Amazonas 1991” em Itacoatiara

Na década de 80, o público coariense era conhecido por ser um pouco frio e não aplaudir muito as atrações que se apresentavam. Mas naquela noite, o autor viu em foco, toda arquibancada se levantar e aplaudir com orgulho o desfile de apresentação de sua candidata preferida. Mara declarou à impressa com humildade “que ser vitoriosa é saber conviver com um título, sendo a mesma pessoa que sempre foi”.

Em 1991, Mara Alfrânia foi convidada pela organização do Miss Amazonas Estudantil, professor Antônio Carlos Fonseca, Dr. Tibiriçá Holanda e a Sra. Waldeir Holanda, para representar Coari na segunda versão daquele inovador concurso. 14 candidatas, de todo o Amazonas, vieram para o concurso que aconteceu na cidade de Itacoatiara. No corpo de jurados tivemos presença de grandes expressões da moda e concurso de misses, como Célio Said e Fernando Salignac.

As candidatas ficaram confinadas em um hotel de Itacoatiara e participaram de uma agenda muito movimentada com vários encontros e celebrações. Durante a noite, na final do concurso, Mara Alfrânia, sagrou-se a vencedora, trazendo a coroa para Coari.

Com as sucessivas quedas na audiência do Miss Brasil, o SBT, que era a empresa organizadora do concurso nacional, abriu mão do Miss Brasil e da transmissão do Miss Universo em 1990 e isso foi crucial para a não participação do Brasil no Miss Universo em Los Angeles naquele ano, pois não haveria patrocinador oficial.

Ainda no ano de 1991, após o fim da era Silvio Santos na organização do Miss Brasil, o Miss Amazonas ficou indefinido e não houve concurso estadual. Contudo, a coordenação do Miss Amazonas ligou e convidou Mara Alfrânia para representar o Amazonas no Miss Brasil daquele ano. Mas, devido a um sério problema de saúde, ela não pode participar e o Amazonas não enviou candidata ao Miss Brasil 1991.

Mara Alfrânia
Mara Alfrânia no “Miss Coari 1990”

Entrevista com Mara Alfrânia

Quando você decidiu participar de concurso de miss?

Mara Alfrânia: Quando eu era criança ouvia as pessoas falarem para mim — Quando você crescer vai ser Miss Coari — Era os amigos da minha mãe, ou algumas pessoas que não conhecia na época, pois era criança e não tinha ideia do que era ser Miss COARI.
No álbum antigo da minha mãe tem uma foto dela de Miss Tijuca. Também tinha uma foto dela com a Miss Fátima Acris, que eu achava muito bonita, mas não sabia quem era naquela época. Eu ouvia muitas histórias de misses.

Desde então, sempre que a minha mãe deixava eu acompanhava os desfiles da Miss Coari, eu via os concursos de misses na beira do palco. Quase as misses pisavam nos meus dedos de tão perto que eu ficava. Teve um que entrei nos bastidores, esse eu acompanhei de perto, vi tudo: arrumarem os cabelos, maquiagem, um corre-corre. Todas estavam lindas e eu lá no meio da confusão, até eu ver uma candidata pôr a meia calça. Eu disse: — Isso pode? — me colocaram para fora do local.

— Tudo aquilo era um sonho, passarela, coroa, faixa, pessoas aplaudindo, ali eu me vi desfilando e ganhando o título, porque eu queria a coroa, eu queria ser uma Miss Coari.

— Assisti ao concurso do Miss Coari 1989 que aconteceu no clube “Refúgio Dois Pinguins” durante o aniversário de Coari. A minha prima Jan Neves era candidata e eu assisti das mesas, ela ser a vencedora daquele concurso. Foi nesse momento que decidi que um dia eu participaria do Miss Coari.

Quem foi a sua grande inspiração como miss?

Mara Alfrânia: Com certeza as que vi na TV. Vera Fischer, era perfeita. Ela foi Miss Brasil em 1969.

— Mas eu tinha um sinal, ao lado da minha coxa esquerda e eu achava isso um problema. Chorava até — Nunca vou ser Miss. Uma Miss precisa ser perfeita.

— Além disso, eu tinha um dente quebrado. Mas quando vi as Miss de Coari e vi que elas não eram perfeitas. Eu poderia ser uma Miss sim.

— Então passava o dia desfilando em casa no meu quarto. Fui desenhando minhas roupas de Miss. Fui sonhando como toda criança. Mas, em Coari, minha Miss preferida era Ana Mota. Achava ela linda, educada. No concurso dela, eu já era uma mocinha. E as lembranças estão mais vivas na minha memória.

— Coari era cheia de mulheres que não faziam nada para ter um corpo bonito. Elas já nasciam assim.

— Na minha época eu era atleta. Eu corria 14 km todos os dias. Nadava muito e andava de bicicleta. Era louca por esportes. Fiz todos porque já era ligada nos 220 volts. Porém, eu me realizava mesmo era nas passarelas do desfile de moda. Nesses desfiles, eu era mais feliz porque o foco eram as roupas e não eu. Não estava ali sendo julgada e não precisavam avaliar o meu corpo.

Você chegou a fazer algum curso de passarela ou alguém te ensinou?

Mara Alfrânia: No começo, eu aprendi tudo sozinha, imitava as misses da TV.

— Depois teve o Maurício, meu cabeleireiro, que me ensinou. Esqueci o nome do outro agora. Eles foram me moldando para o clássico. Mas isso veio tudo junto com o Miss Coari.

— Até o Hélio Puigcerver aparecer na minha vida e me dar uns toques mais requintados.

Em seguida no Miss Amazonas eu já estava craque. Sabia exatamente como me comportar. Por isso, o título veio sem muito esforço.

Como foram os dias finais do seu concurso de miss Coari?

Mara Alfrânia: Na minha época era tudo simples, apenas ensaios, reuniões para provar maiô, tirar medidas do corpo, reuniões para conversar como ia acontecer o evento.

— O que teve de diferente foram as filmagens que fizemos para passar na TV e convidar o nosso povo coariense a prestigiar o evento, para apresentar as candidatas. Falamos um pouco sobre cada uma de nós.

— Todas as candidatas fizeram um clip e o meu foi estilo Pantanal (A novela de sucesso da Rede Manchete). A personagem era uma mulher que virava uma onça, e assim, aconteceu a minha produção… Como eu queria aquela filmagem, meu Deus! Mas nunca tive uma cópia. Apesar de não ter acontecido entrevista na rádio, mas quando o povo de Coari foi para quadra São José, já foi com suas candidatas em mente para torcer. Eu lembro de pessoas que nunca vi, falarem comigo — Oi Mara Alfrânia, te vi na TV. Teu clip foi legal com a onça.

— Nos últimos dias antes do desfile, me recordo agora, eu ensaiava com a minha parceira Rosemary Fogassa na casa da Socorro Barreto. A Socorro Barreto cuidou da gente, desenhou nossas roupas, nos orientava sobre comportamento – As coisas estão vindo na minha memória agora. — Socorro Barreto estava por trás da gente. Nós nos bronzeamos na casa dela. Passávamos horas rindo. Sabe que eu não olhava ela como concorrente. Só me toquei que estávamos disputando quando pegamos uma na mão da outra já no palco para ver qual de nós era a Miss Coari.

Como foi o relacionamento entre as candidatas do Miss Coari 1990?

Mara Alfrânia: Foi um concurso em que não houve atividades para estimular a amizades entre as candidatas. Os encontros eram mais para os ensaios de passarela, reuniões, experimentar roupas, sorteio para escolher os rapazes que iam acompanhar durante o desfile.

Contudo, eu ganhei uma amiga! A Rosemary Fogassa. Aliás, apenas ela era amigável, e costumava está sempre comigo. As outras eu conhecia todas: Sheila, Fabiana, Nalra, Belanice e Elanes. Algumas não me olhavam direito e até se afastavam de mim.

— Teve candidata que quis ser apresentar com o maiô diferente do padrão. Mas, a organização na hora fez ela trocar e usar o padrão.

— Antes da entrada para o top 2, ainda no camarim, eu estava sentada com a Rosemary Fogassa no chão em cima de toalhas. Pediram para nós duas entrarem. Ela me abraçou muito carinhosamente. As demais candidatas saíram do camarim. Só ficou a Mary e eu, rindo de felicidade. O meu primo Maurício, que foi também o meu cabeleireiro, caiu em choros. Eu fiquei feliz, tranquila. Mas pena que só tinha uma vencedora, porque a Rosemary também merecia. Nós fazíamos tudo juntas, sempre sob as orientações da Socorro Barreto.

Como foi na hora que anunciaram o seu nome como a nova Miss Coari?

Mara Alfrânia: Surreal. Uma realização. Nem quando ganhei o Miss Amazonas eu fiquei tão feliz. Era um sonho de criança. Cresci ouvindo os adultos falarem “você vai ser Miss quando crescer”. Naquela época, eu nem sabia o que era ainda ser Miss Coari. Só depois mais entendida fui saber e amar ser de fato uma Miss. Acho que fui uma boa Miss Coari, porque até hoje as pessoas lembram, me param, me reconhecem, falam de mim, falam coisas boas. Gente que era criança e faz questão de falar comigo, muitas pessoas comentam sobre o meu reinado.

— Mas, teve uma que me emocionou: o Jean Balieiro. Ele veio no meu Facebook uma vez conversar. Já havia lido alguns comentários dele em fotos minhas que você publicava. Até que uma noite, ele deixou um recado para mim. Falando que me viu na feira em Coari. E depois chegou na casa dele e falou: tiaaaa, eu vi a Mara Alfrânia. Ela é linda. Sorridente. Fiquei olhando para ela até ela ir embora, mas não tive coragem de falar com ela.

— A tia dele respondeu: deveria ter falado, a Mara é bonita mesmo. Educada — então ele me falou que da próxima vez que eu fosse em Coari, ele ia falar comigo. E fez. Este tipo de amor não tem preço!

Como foi o seu reinado de Miss Coari?

Mara Alfrânia: Nos anos 90 não havia muitos eventos, mas participei sim de alguns eventos em Coari e fora daqui também. O primeiro foi no Carnaval de Rua, onde fiquei no palco com as autoridades acompanhando o desfile dos blocos carnavalescos. Sempre que aconteciam eventos oficiais da prefeitura no clube “Refúgio Dois Pinguins”, eu era convidada.

— No aniversário de Coari veio uma agência de moda desfilar antes do concurso de Miss Coari, e o responsável que também foi jurado. Roberto Carreira. Eu assisti até o ensaio da agência de modelo e fui me espelhando nas modelos, apesar que a moda tem um estilo diferente de “passarela” do estilo clássico de Miss, porém existe algumas técnicas e um comportamento que toda as candidatas precisam ter, que é a simpatia, desenvoltura, coisas importante para todas. Isso daí para mim foi muito bom ter assistido o ensaio delas. Depois do concurso, o Roberto Carreira, me convidou para participar do Golden Star em Manaus, onde ganhei a premiação de Garota Revelação.

— Em 1990, na II Festa da Banana, eu fui madrinha da Astrid Silva, que foi a rainha daquele ano.

— Depois da minha participação no Evento Golden Star, fui convidada para participar do Miss Amazonas que era coordenado pelo Fernando Salignac.

— Depois de vencer o Miss Amazonas em Itacoatiara, fui convidada para desfilar em Roraima e em Brasília.

Mara Alfrânia
Era 2 de agosto de 1991, aniversário de Coari, a população comemora as festividades de sua emancipação política na quadra de esporte São José. Mara Alfrânia, Miss Coari 1990, termina o seu reinando entregando a coroa, o cetro e o manto para Elionete Ramires, a então eleita Miss Coari 1991.

Coari, 19 de maio de 2023

Leia mais em:
A História do Miss Coari (1940 – 1967)
Como se Preparar para o Miss Coari – 2017
Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas

Coari coroou sua Miss Universo Coari 2023

Nesse texto vamos narrar como foi a coroação da Miss Universo Coari, Alice Casanova.

Archipo Góes

O ano de 2023 trouxe grandes novidades para o mundo miss no estado do Amazonas. A principal novidade trazida por Miro Sampaio, coordenador do Miss Universo Amazonas, foi a escolha de novos coordenadores municipais, fazendo com que cada cidade do estado do Amazonas pudesse ter sua representante escolhida por especialistas do “Mundo Miss”. Em Coari foi escolhido o professor Archipo Góes, que trabalha com concurso desde e desfile de moda desde 1989.

Miss Universo Coari

O concurso de Miss Universo Amazonas é um dos mais antigos e tradicionais do país, e a cada ano, atrai mais participantes e espectadores. O evento é uma celebração da beleza, elegância e inteligência feminina, e é uma oportunidade para as candidatas mostrarem suas habilidades e talentos.

Além disso, o concurso é uma plataforma para as candidatas promoverem causas sociais e comunitárias, e muitas delas trabalham em projetos que ajudam suas comunidades locais. É uma honra para as candidatas serem selecionadas como representantes de suas cidades e do estado como um todo, e elas levam essa responsabilidade.

Nesta quinta-feira, 20 de abril de 2023, foi anunciada na cidade de Coari a coroação da Miss Universo Coari. O lançamento foi feito na página oficial do concurso no Instagram com o vídeo de coroação que foi gravado ao lado da catedral de Coari, nosso cartão postal.

Vitória Láguila, a Miss Universo 2021, foi que iniciou falando da importância de um concurso de miss que transformou a sua vida: “Representar Coari é e sempre será uma grande honra. A cada etapa, um novo desafio e todos eles foram vencidos. O mundo miss mudou a minha vida e tenho muito orgulho de toda minha trajetória como Miss Universo Coari 2021”.

Participar de um concurso de beleza pode ser uma experiência transformadora para as jovens coarienses. Além de ser uma oportunidade para mostrar suas habilidades e talentos, o processo de preparação para o evento pode ajudar a aumentar a autoestima e a confiança das participantes.

É importante lembrar que a função de uma miss não se resume apenas a sua aparência física. Embora o concurso de beleza seja frequentemente focado na aparência, as misses também são avaliadas em outras áreas, tais como habilidades de comunicação, liderança e comprometimento com causas sociais.

A Miss Universo Coari foi escolhida pela coordenação coariense, foi Alice de Lima Casanova, uma jovem coariense de 25 anos, designer de interiores, de raízes negras e medidas padrões de miss, teve em seu vídeo de coroação uma excelente recepção nas redes sociais, com alto número de reprodução e engajamento.

Na sua coroação, Alice Casanova, comentou:

“Tudo é sobre sonhos, propósitos, causas e conquistas. Você espera tanto em Deus para acontecer, e acontece! É nessa hora em que você aceita o seu papel, quem você é, e o caminho que é para seguir.

Sigo com mais um novo desafio, ao lado de quem acredita que tudo pode acontecer. Com o coração cheio de alegria, tenho a oportunidade de viver um sonho, é uma grande honra representar o meu município.

Sou Miss Universo Coari, rumo ao Miss Universo Amazonas. Conto com o apoio e a torcida de todos vocês”.

A partir de agora, Alice Casanova vai intensificar ainda mais a sua preparação para o Miss Universo Amazonas, que acontecerá no dia 28 de maio de 2023, em Manaus, sob a coordenação de Miro Sampaio e equipe.

Galeria de Fotos

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Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas
A História do Miss Coari (1940 – 1967)
Cleomara vence o Miss Amazonas em 1992
Conheça as candidatas a Miss Coari

A História do Miss Coari (1940 – 1967)

Neste artigo, poderemos analisar a história do concurso de beleza feminina Miss Coari, realizado desde 1940 até 1967.

Archipo Góes

Miss Coari

Os concursos de beleza são extremamente culturais na cidade de Coari. Geralmente em algumas cidades do estado do Amazonas, acontece apenas a disputa pelo título, todavia, na cidade Coari há um concurso com a participação expressiva de toda a população, colaborando e patrocinando a preparação das candidatas, adquirindo as suas camisas personalizadas para participar ativamente da seletiva e da final do concurso, até mesmo os salões de beleza da cidade, tem por costume fazer parcerias com as candidatas oferecendo o serviço dos profissionais de maquiagem e de cabelo.

O concurso Miss Coari é uma manifestação cultural coariense e uma representação da cultura imaterial do estado Amazonas, sendo um evento que está intrinsecamente ligado às nossas representações.

Miss Coari

O primeiro concurso Miss Coari aconteceu no ano de 1940. A escolha aconteceu pelos periódicos amazonenses “O Jornal” e “Diário da Tarde”. Sendo aclamada a senhorita Emília Abinader, que mais tarde viria a ser esposa do senhor Messias Ribeiro, expressivo comerciante de nossa cidade e mãe do socialite Pedro Abinader Ribeiro.

Miss Coari

Revestiu-se de extraordinário brilho a solenidade levada a efeito na Prefeitura Municipal, no dia 25 de dezembro, a coroação de MISS COARI. Entre muitas candidatas, todas com justas possibilidades de vencer, conquistou o primeiro lugar do concurso de beleza de 1940, a senhorinha EMÍLIA ABINADER, elemento de escol da elite coariense no meio social distinto de Coari.

Para dizer o que foi esse certame, e do significado desse prélio animadíssimo, pois a senhorinha EMÍLIA ABINADER conquistou o terceiro lugar no Estado com uma votação estrondosa, pouco faltando para ter sido eleita MISS AMAZONAS, foi aclamado o doutorando Raimundo Cordeiro para saudá-la, pela sua vitória no pleito e também pelo natalício da eleita, que transcorreu nesse dia.

Assim falou o doutorando Cordeiro:

«Grata e honrosa a incumbência que me foi confiada, e desempenhando no alcance de meu frasear, quero dizer dos motivos desta solenidade. Quiseram os lados que na data de hoje se pintassem dois grandes acontecimentos: o aniversário natalício e a coroação da eleita a mais bela representante condigna da sociedade deste próspero Município. Sempre é uma satisfação para todos, do humilde plebeu ao rico burguês, a passagem do dia do nascimento, jubila-se o coração, a alma freme de contentamento transbordando a alegria de mais um ano em nossa existência. Rendemos graças ao Criador, e os votos de felicidade são os louros colhidos para a palma da existência».

Miss Coari é um concurso de beleza mais tradicional do estado do Amazonas. Foi organizado  a partir dos anos 60 pela associação Tijuca Esporte Club. Depois de alguns anos, passou a ser organizado pela prefeitura de Coari, que no decorrer do tempo, mudou o local do concurso para a praça da São Sebastião, quadra de Esporte São José, Refúgio Dois Pinguins, quadra da escola Dom Mário e atualmente no centro cultural.

O primeiro concurso de beleza internacional de beleza feminina, o Miss Mundo (Miss World), foi criado em Londres (Eng) em 1951, sendo um grande sucesso e muito popular até os dias atuais. O Miss Mundo tem como lema “Beleza com Propósito”, pois cada candidata tem o seu projeto social. No final da década de 1950, a competição foi transmitida pela rede BBC, fazendo sucesso, ganhou grande audiência mundial.

O concurso Miss Universo foi criado um ano depois, em 1952 na Califórnia (EUA). É realizado anualmente, e atualmente, é o concurso internacional de beleza feminina mais importante e badalado. O tema do MU é “Confiantemente Linda”.

Esses concursos foram criados numa configuração hierárquica em que qualquer candidata, ao vencer o concurso municipal, participa de outro concurso estadual (ou província), e ao vencer participa do concurso nacional. Ao vencer a terceira etapa, o concurso nacional, chegará a disputar o concurso internacional final com representantes de cada país.

O Miss Brasil Universo começou a ser organizado no atual formato a partir de 1954, quando a baiana Martha Rocha se tornou a primeira Miss Brasil. Foi o concurso que a grande maioria das cidades do Brasil se associaram automaticamente pela sua grande expressão. Até hoje há pessoas que não conhecem os demais concursos como: Miss Terra, Miss Grand, Miss Mundo, Miss Globo, Miss Beleza Internacional, Miss Supranational, entre outros.

A partir de 1955, os “Diários Associados” no Amazonas, empresa do grupo do empresário e jornalista Assis Chateaubriand, além de organizarem o Miss Brasil desde 1954, começaram a organizar o Miss Amazonas no formato hierarquizado conforme o padrão do Miss Universo.

Em 1955, o ex-deputado estadual coariense, Deolindo de Freitas Dantas, o Dandi, levou a primeira Miss Coari, a senhorita Helvia de Brito Pinheiro, para participar do Miss Amazonas, que teve a coordenação do senhor Epaminondas Barahuna. Mais tarde, na década de 1980, a sobrinha de Deolindo de Freitas Dantas, a professora Simonete Marques Dantas Corrêa Lima foi a principal organizadora dos concursos de Miss Coari.

Em 1956, a cidade de Coari novamente participou do Miss Amazonas 1971 e fez um marcante concurso que ficou na lembrança de todos. A candidata que representou Coari no Miss Amazonas foi a senhorita Geny Silva, que foi apresentada pelo Jornal do Comércio em matéria de 19 de maio de 1956 dessa maneira:

Miss Coari

Geny: modéstia, simplicidade e fleuma de uma legítima cabocla.

A modéstia fez morada na personalidade de Geny Silva, a bela candidata de Coari, que hoje, no Teatro Amazonas, estará competindo, com outras beldades desta mui ensolarada terra de Ajuricaba, no sensacional concurso, para a escolha de Miss Amazonas. O repórter manteve com ela uma agradável palestra, sentindo, no decorrer da conversa, a simplicidade que envolve o seu coração e a sua cativante simpatia. Escolhida para representar o município de Coari, no grande concurso promovido em todo o Brasil pelos Diários e Rádios Associados e patrocinado pelo Organdi Paramount, recebeu a notícia com surpresa e resolveu aceitar a incumbência de representar a sua terra natal, com o único desejo de competir.

Geny, compreensiva, calma, demonstrando em todos os gestos, palavras e fleuma imperturbável da cabocla amazônida, prefere muitas vezes sorrir, a responder às perguntas feitas. Seu olhar parece indicar ao repórter curioso, as respostas procuradas, tranquila, reacende de si uma mística estranha e perturbadora. Gentil, prefere elogiar a ser elogiada.

Entende que as suas companheiras na magnífica tertúlia de beleza que hoje atingirá o seu desiderato, são todas capazes de representar condignamente o nosso Estado, com o brilhantismo que se espera. Sobre si, prefere silenciar, ou quando muito esclarecer que é apenas uma candidata que está competindo esportivamente. Sem nenhuma aspiração maior.

Mas Geny Silva tem predicados suficientes para impressionar o selecionado júri e consagrar lá fora a beleza, a simpatia, a modéstia e a simplicidade da mulher amazonense, embora tente ela mesma negar a verdade.

Logo mais, à tarde, estaremos conhecendo qual a nossa representante na escolha de Miss Brasil. Se Zeina, Cármen, Anabela ou Geny. Todas com reais possibilidades. Todas capazes de brilhar.

De uma coisa estamos certos, após a palestra com a filha de Coary. Ela está competindo porque tem méritos para tal. E com isso, está consagrando a sua terra natal. Vamos aguardar o resultado, na torcida de que Geny Silva receberá calorosos aplausos no Teatro Amazonas e chamar para si a atenção do júri que vai decidir sobre qual será a nova Miss Amazonas.

Jornal do Comércio — 19/05/1956

Miss Coari
Ficha de Geny Silva

Geny Silva não ficou bem classificada na final do Miss Amazonas 1956, contudo, deixou marcado com elegância e carisma, a segunda participação da cidade de Coari num concurso de beleza estadual. 

No ano seguinte, 1957, aconteceu o apogeu do Amazonas nos concursos de beleza feminina com a estonteante Terezinha Morango. Ela era natural de São Paulo de Olivença e naquele ano ganhou o Miss Cinelândia (1956), Miss Amazonas, Miss Brasil e ficou em segundo lugar no Miss Universo, perdendo para a Miss Peru, Gladys Zender, que foi inscrita no concurso irregularmente com 17 anos.

Apesar do apogeu amazonense nos concursos, a partir de 1957, a cidade de Coari evadiu-se dos concursos de beleza feminina, só voltando 10 anos depois, tendo sua terceira participação no Miss Amazonas de 1967.

Miss Coari 67

No domingo, dia 21 de maio de 1967, aconteceu no Tijuca Esporte Club, o concurso Miss Coari 67. Foi um concurso pequeno, com a participação de apenas quatro candidatas. Foi organizado pelo colunista social Black que veio a Coari para o evento. A vencedora do concurso Miss Coari 64 foi a senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva.

O Jornal do Comércio do dia 28 de maio de 1967 publicou a seguinte matéria:

MARIA DAS GRAÇAS É A BELEZA DE COARI

Jornal do Comércio – 28/05/1967

Escolhida numa festa maravilhosa, dentre outras concorrentes, a bonita MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA E SILVA terá a responsabilidade de representar o município de COARI no “M. A. 67”, apoiada pelas classes conservadoras, daquela comuna.

Sobre a escolha e festa de Maria das Graças, o setor de coordenação do Miss Amazonas 67 recebeu da senhora Maria Higina de Coari, o seguinte telegrama: “Jornalista Dr. Jayme Rebello — Rádio Baré — Jornal do Comércio.

— Sensibilizada com o êxito promocional de gala do estimado cronista social Black do programa “Música e Sociedade”, estou enviando meus respeitosos cumprimentos não só ao prezadíssimo amigo, como também a toda equipe radialista e jornalista que empresta a sua valorosa colaboração a querida e maior emissora e jornal dos Diários e Rádios Associados da América Latina. Nossa candidata é a senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva, estudante do ginásio “N. S. do Perpétuo Socorro” – 3º ciclo ginasial – Candidata pelo Clube da Felicidade e apoiada pelas classes conservadoras de Coari.

Seguirá no dia primeiro de junho pelo Cruzeiro do Sul, juntamente com o colunista social Black, o qual deixou de viajar na quinta-feira (25-05-1967) porque está ultimando os preparativos da viagem de nossa Miss Coari. Com meus respeitos aqui vai consignada minha imorredoura gratidão”.

A colônia coariense em Manaus prepara festiva recepção à candidata Maria das Graças Oliveira e Silva de quando sua chegada no próximo dia primeiro de junho entrante.

CONFIRMADA A CHEGADA DE MISS COARI PARA QUINTA-FEIRA

Jornal do Comércio – 31/05/1967

O Setor de Coordenação do “Miss Amazonas 67”, em conjunto com a Superintendência dos “Associados” manteve contatos no dia de ontem para que o impasse surgido com a falta de vagas para a viagem de Maria das Graças, Miss Coari 67 na próxima quinta-feira, fosse resolvido e conseguiu junto ao Dr. José Lopes, presidente da Celetramazon, a cessão de duas vagas de funcionários da empresa, a candidata coariense e o cronista Black para que o programa não fosse interrompido, gesto que muito cativou aos dirigentes “associados”.

Queremos, pois, daqui enviar os nossos mais sinceros agradecimentos ao Dr. José Lopes, da Celetramazon, assim como o senhor Dickman, gerente da Cruzeiro do Sul em Manaus, pela cooperação dispensada ao caso.

ATRASO DO AVIÃO TRANSFERE PARA HOJE CHEGADA DE “MISS COARI”

Jornal do Comércio 02/06/1967

A senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva, representante do município de Coari, somente chegará a Manaus no dia de hoje, às 16 horas, por motivo de atraso do avião que a transportava para nossa cidade, sendo assim, somente hoje haverá a recepção à meiga e simpática Maria das Graças, que se faz acompanhar na viagem da professora Joaquina Oliveira e do cronista social Black, que daqui foi com a incumbência de promover naquela cidade, a escolha da “Miss Coari 67”.

Todas as candidatas ao “Miss-Amazonas 67”, juntamente com o encarregado do Setor de Coordenação, jornalista, radialista e a colônia coariense em Manaus, estarão presentes na grande festa de recepção à Maria das Graças Oliveira e Silva.

A MISS QUE CHEGA

Jornal do Comércio – 03/06/1967

Miss Coari
Miss Coari chegando em Manaus

A simpatia de Miss Coari encanta

Jornal do Comércio – 08/06/1967

Miss Coari

Sete cabeças para uma coroa

Jornal do Comércio – 09/06/1967

Miss Coari

Essas belezas desfilarão hoje

Jornal do Comércio – 09-06-1967

Miss Coari

Finalmente hoje a escolha do Miss Amazonas

Jornal do Comércio – 09-06-1967

Miss Coari

Nelma Batista eleita Miss Amazonas 67

Jornal do Comércio – 10-06-1967

Miss Coari
Miss Coari

Leia mais em:
Como se Preparar para o Miss Coari – 2017
Cleomara vence o Miss Amazonas em 1992
Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas

Miss Coari 2016

Miss Coari 2016 realizado por Archipo Góes e com patrocínio do Bradesco

Miss Coari 2015 – Vídeo

Slides de fotos do concurso Miss Coari realizado no ano de 2015. Realizado por Archipo Góes

Como se Preparar para o Miss Coari – 2017

Archipo Góes
Coari-Am, 28 de outubro de 2017

Nesse texto de 2017 vamos narrar como uma candidata deveria se preparar para o concurso Miss Coari.

O concurso de Miss Coari é um dos mais tradicionais do estado Amazonas. Teve seu início em 1940 e sua primeira miss foi a senhora Emília Abinader Ribeiro. Há 78 anos, observamos a cada ano, a cidade esperar ansiosamente para a grande disputa entre as candidatas ao Miss Coari.

Você quer participar desse fabuloso evento? então você já está atrasada na sua preparação, se não estiver cuidando dos passos que citaremos em seguida sobre como se preparar para o Miss Coari 2018.

A Preparação Física

O primeiro ponto da sua preparação é aferir as suas medidas, e fazer uma avaliação de que procedimentos que você deve tomar para chegar o mais próximo das medidas padrão de uma miss: 90 x 60 x 90 (Noventa centímetros de Busto, 60 centímetros de cintura, e 90 centímetros de quadris).

Preparar
Medidas Padrão de Miss

Então, o primeiro item da sua preparação deve ser a escolha de um excelente Personal Trainer (Treinador pessoal é um profissional que deve ter uma formação em educação física, que está capacitado a ministrar e supervisionar os treinamentos seguindo os objetivos de quem o contrata), que deverá, entre outras coisas, trabalhar a simetria entre os seus quadris e o seu busto. Contudo, se você estiver bastante longe dos 90 centímetros, deve ser avaliado apenas manter as medidas iguais, mas inferior a 90cm. Não esqueça que seus quadris sempre deverão estar com as mesmas medidas do seu busto.

Há também um caso muito comum, em que os quadris estão com medidas próximas dos 90 cm, contudo os bustos são pequenos e você deve pensar que a única solução seria o implante de uma prótese de silicone. Todavia, sabemos que a cirurgia plástica completa é de R$ 3 mil a R$ 7 mil dependendo da escolha do médico cirurgião. Muitas aspirantes a candidata a Miss, muitas vezes procuram fazer essa cirurgia na Venezuela, onde o custo é extremamente inferior, chegando a ser 50% mais baratos. Contudo, muitas estão fazendo essa intervenção cirúrgicas com médicos não habilitados em cirurgia plástica, causando um problema ainda maior.

Mas, existe outras opções. Com a orientação do seu Personal Trainer, você poderá fazer um aumento pequeno da massa de alguns músculos do tórax (peitoral e das costas), fazendo com que você ganhe uma pequena massa e consiga equacionar assim, as medidas iguais entre busto e quadris. Contundo deve haver apenas um pequeno aumento da massa muscular, jamais definição ou ainda hipertrofia, pois a candidata poderia perder a leveza e sutilidade. Quanto a cintura, é essencial você ter no máximo 60 centímetros de largura.

As medidas padrão de Misses são de referência, ou seja, não é uma obrigatoriedade possuir tais medidas, porém devem ser o seu objetivo: Medidas proporcionais e equilibradas. A atual Miss Universo, a francesa Iris Mittenaere, possui as medidas 90-60-95.

Uma preparação física adequada e iniciada com um ano de antecedência lhe dará um corpo bonito e um tônus muscular excelente, ou seja, seu corpo ficará todo durinho e evitará perca de pontos essenciais pela flacidez. A flacidez muscular será um fator negativo no item de julgamento Beleza Plástica (Subitem Beleza Corporal).

Deve-se fazer musculação 03 vezes por semana durante a fase de preparação. Contudo, quando a competição estiver se aproximando, muda-se o foco para os exercícios aeróbicos, pois, as candidatas vão desfilar de trajes de banho diante da plateia e dos jurados. Deve se buscar um corpo bonito e não exageradamente magro. Da mesma forma que a preparação física é extremamente importante, o auxílio de uma nutricionista e uma esteticista enriquecerão em muito na sua preparação para o concurso.

Com uma boa preparação, você poderá pensar tudo antecipado e não deixar para cima da hora escolhas essências que muitas só descobrem na primeira quinzena de julho.

A Escolha dos Trajes

Num segundo momento, você deve ir pensando no modelo e na cor do biquíni que você usará na seletiva do concurso. Sobre a cor do biquíni para um concurso de miss, dever se dar atenção para que a cor da calcinha seja a mesma do sutiã. Somente em 2017 foi estabelecido uma cor padrão preto.

O modelo do seu biquíni deve ser adequado ao seu corpo. Observe seus traços corporais: quadris largos; seios grandes; barriguinha e gordurinhas; bumbum pequeno; seios pequenos; magrinhas. Vai existir um biquíni certo para vocês e seus traços corporais. Estude, pesquise, você vai encontrar o seu e já vai preparar seu corpo com o bronzeamento para aquele biquíni adequado as suas características corporais. Uma dica para começar, seria ler a matéria no site: http://superela.com/2015/01/19/6-dicas-para-escolher-o-biquini-certo/

Se você realmente quer começar sua preparação agora. Ouse!!! Comece a pesquisar sobre seu “vestido de gala”, veja qual a cor adequada para o seu perfil, seu tom de pele, sua altura. Pesquise modelos e visite os ateliês dos estilistas amazonenses. Há comerciantes coarienses que trazem também excelentes vestidos de São Paulo. Mas, lembre-se jamais compre um vestido com decote impetuoso ou vulgar em demasia, pois, em muitos concursos de miss, é um fator para perca de pontos.

A Pele

A pele, o maior órgão do corpo humano, também deve ser dado uma atenção especial, uma vez que, as marcas de espinhas no rosto e no corpo são um grande empecilho para as candidatas ao Miss Coari. Uma alimentação rica em vitamina A, D, E e K são essenciais, e você deve ter um profissional na área de nutrição lhe auxiliando.

Contudo, é indispensável uma viagem a Manaus para uma consulta com um médico dermatologista, uma vez que não possuímos esse profissional em nossa cidade. Não tenham medo de fazer um tratamento com Roacutan, pois ele realmente funciona, mas, o uso deve ser recomendado e acompanhado por um especialista. Em caso de você possuí alguma tatuagem, seria bom já ir testando as bases de alta cobertura para definir qual melhor camufla ou esconde a sua tatoo.

A Desenvoltura na Passarela

No quarto momento, você deve fazer um curso de passarela. É essencial para quem vai disputar o Miss Coari ter um excelente andamento, postura e desenvoltura ao desfilar numa passarela. Mesmo que você já tenha feito um curso no passado, é fundamental fazer outro ou voltar a praticar na frente do espelho. Lembre-se um pé na frente do outro ajuda nos movimentos de quadris; a postura é essencial, então ombros devem está para trás; e finalmente nada de carão de manequim, você deve ter uma atitude de empatia e simpatia com o público, sendo o seu cartão de visita um lindo sorriso.

O Sorriso

E em si tratando do item de julgamento Simpatia, o sorriso é o principal recurso que uma candidata a Miss dispõe, sendo assim, muito importante cuidar da aparência dos seus dentes. Faz parte da preparação de uma Miss Coari o acompanhamento com um Cirurgião Dentista, uma vez que, sendo necessário, esse profissional fará intervenções de reparo estético, retirada do aparelho ortodôntico na época do concurso. E principalmente, um efetivo clareamento dental com hidróxido de carbamida.

Marketing Pessoal e o Coordenador

No quinto momento a candidata deve cuidar do seu marketing pessoal. Esse momento é extremamente importante, pois a partir dele, abrirão muitas portas para uma preparação perfeita. Uma parceria com um fotógrafo profissional será o primeiro passo para se trabalhar a divulgação de sua imagem nas redes sociais e assim será trabalhado o pré-marketing de sua preparação e na busca da adesão de patrocinadores.

Nesse momento, ressaltamos também a importância de que, desde agora, a candidata a Miss ter um auxílio de um coordenador que lhe representará perante a Secretaria de Cultura e Turismo e lhe orientará durante a sua preparação para a seletiva e no decorrer do concurso de Miss Coari.

O Conceito da sua Apresentação (Cabelo e a Maquiagem)

O cabelo e a maquiagem são itens extremamente importantes para a definição do seu conceito de Miss. Então esses dois profissionais devem desde cedo já serem contactados para juntos com seu coordenador planejarem que tipo de penteado e maquiagem você vai utilizar na seletiva e no próprio concurso. Um dos casos que já podem ser observado, seria se você vai parecer mais velha que a sua idade, que marcas na pele ou maquiagem vão ser camufladas, qual tipo de penteado fica melhor com o formato do seu rosto, assim como qual a maquiagem é adequada com a sua fisionomia.

Dicas Finais

Há detalhes como transporte, lanche e medicamentos etc, que parecem pífios, durante esse momento de preparação, contudo, dentro das seletivas e do concurso serão essenciais. Monte uma equipe de amigos e pessoas que gostem de você para lhe ajudarem durante a fase final do concurso.

O concurso de Miss Coari é essencialmente um concurso de beleza. Contudo, a candidata tem que se preocupar com sua cultura, está informada das notícias da atualidade, dos fatos e fenômenos sociais. Hoje é essencial que uma Miss Coari tenha um curso superior, então, pense em já está matriculada em um.

Em suma, você não deve deixar para julho de 2018 para iniciar sua preparação. Esteja sempre pensando e agindo na frente das outras candidatas. Em 2018, já agendamos uma palestra com o missólogo Miro Sampaio, que vai discorrer sobre Mundo das Misses, um curso de modelo e manequim, e o concurso de Miss Coari Mundo 2018, que vai revolucionar os concursos em nossa cidade.

Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas

Archipo Góes
2 de agosto de 2018

A Saga de Fátima Acris

O Miss Coari é um concurso de beleza mais tradicional do estado do Amazonas. Teve seu início no ano de 1940 e foi organizado nos anos iniciais pela associação Tijuca Esporte Club e depois de alguns anos, passou a ser organizado pela prefeitura de Coari, que no decorrer do tempo, mudou o local do concurso para a Praça da Matriz, quadra de Esporte São José, Refúgio Dois Pinguins, quadra da escola Dom Mário e atualmente no centro cultural.

A nossa primeira Miss Coari foi a senhora Emília Abinader Ribeiro em 1940, esposa do senhor Messias Ribeiro, expressivo comerciante de nossa cidade. E no decorrer do tempo, o povo coariense foi entendendo, aprendendo e se envolvendo no seu concurso mais expressivo de beleza feminina.

Fatima
Maria Emília Abinader Ribeiro
1ª Miss Coari – Evento Acontecido em 1940

Todos os anos a população já espera chegar o mês de agosto, especificamente no dia 02, aniversário de nossa cidade, para torcer por sua candidata preferida ao Miss Coari, título muito concorrido na Cidade da Beleza ou Terra de Mulheres bonitas. Designação muito pertinente, visto que, na história de nossa cidade há uma exaltação à beleza das indígenas da região, feito o registro pelo Padre João Daniel, no seu Livro “Tesouro descoberto no máximo Rio Amazonas”. Ele as descreveu assim:

Algumas fêmeas a que além de suas feições lindíssimas, têm os olhos verdes e outras azuis, com uma esperteza e viveza tão engraçadas que podem ombrear com as mais escolhidas brancas”.

O livro foi escrito entre 1741–1757 e dessa forma, podemos concluir dedutivamente, que a maneira em que se formou o povo coariense, advém da miscigenação entre os viajantes europeus que por essas terras passaram e os povos indígenas nativos.

As indígenas coarienses são descendentes diretamente dos Jurimáguas[1] que nas passagens das belas Icamiabas[2], nessa terra, se relacionavam e as meninas nascidas dessas uniões permaneciam junto às amazonas, e os meninos eram entregues aos pais da tribo dos Jurimáguas, juntamente com um amuleto da sorte denominado muiraquitã.

Com essa miscigenação e mais tarde, com a chegada dos imigrantes turcos, libaneses, árabes, judeus e a migração dos nordestinos nos dois ciclos da borracha, formou-se um povo com características físicas típicas de várias “raças” com uma rica e belíssima mistura. Surgindo assim, as coarienses, as mais belas mulheres da Amazônia.

A constatação da beleza coariense ficou muito evidente em 31 de maio de 1968, no concurso de Miss Coari realizado no Tijuca Esporte Clube, no período que se realizava a festa da primavera e a escolha também da Miss Primavera. A vencedora do concurso de Miss Coari 1968 foi a linda coariense, Maria de Fátima de Souza Acris.

No ano de 1968, era então, o último ano do primeiro mandato do prefeito Clemente Vieira Soares, e o mesmo conduziu com sua esposa, Fátima Acris, para participar do Miss Amazonas 1968 com todos os cuidados e muitas notas nos jornais manauaras.

O concurso aconteceu na noite de 8 de junho de 1968 e foi promovido pelo Jornal do Comércio e a Rádio Baré.

O baile de “Miss Amazonas 1968” foi iniciado às 22h40min, em que logo, o mestre de cerimônia, Dr. Jayme Rebello, deu início ao desfile em traje de noite encantando todos os presentes. Na passarela, que estava estendida de uma extremidade a outra do salão de danças do Rio Negro, desfilaram: Maria das Graças Garcia (Clube Municipal), Evan Neves (Bancrévea), Helen Rita Guimarães (Princesa Isabel), Maria de Fátima de Souza Acris (Cidade de Coari), Theolinda Franco Duarte (Diretório Acadêmico da Facilidade de Filosofia da UA) e Greice Marques (União Esportiva Portuguesa).

Em seguida, aconteceu o desfile em traje banho (Maiô), assim sendo possível tirar todas as dúvidas sobre os critérios avaliativos das medidas e a beleza de cada participante. Logo após, as candidatas se retiraram para os camarins do clube, esperando a decisão da Comissão Julgadora. Enquanto os juízes se reuniram para eleger a mais bela amazonense daquele ano, Zeina Chama, Miss Amazonas 1967, desfilou para encerrar seu reinado, sendo vibrantemente aplaudida pelo imenso público.

Fátima Acris
Desfile de Maiô
Salão dos Espelhos do Rio Negro Club

No momento final, houve o anúncio da vencedora do concurso, a coariense Fátima Acris, que foi ovacionada pela verdadeiramente multidão que se comprimia no “Salão dos Espelhos” do Atlético Rio Negro e na área fronteiriça ao clube.

Fátima Acris
Traje de Gala – Salão dos Espelhos do Rio Negro Club

O concurso de Miss Amazonas 1968 premiou Fátima Acris com produtos da Sanyo e Mundial Magazine, passagem ida e volta para Miami pela Avianca e uma viagem a Salvador, onde a mesma prestigiou no Ginásio Antônio Balbino, a eleição de Martha Vasconcellos como Miss Bahia 1968.

Fátima Acris
Martha Vasconcellos – Miss Bahia 1968

Coari viveu na madrugada daquele domingo, momentos de intensa euforia. Pelas ondas da Rádio Baré, os conterrâneos da Miss Amazonas 1968 acompanharam com ansiedade o concurso. Quando foi conhecido o resultado, o povo saiu à rua cantando em meio a um foguetório.

Inez Batista disse:

“Coari fez festa. Ficamos todos no canto do Mengo Bar esperando o resultado pelo rádio. O desfile tinha transmissão ao vivo pela rádio Baré. Lembro que saímos pulando e parecia a vitória do Brasil no futebol”.

O Miss Brasil de 1968 foi um concurso inesquecível na lembrança das pessoas que são apaixonadas pelo mundo da missologia. O ano de 1968 ficou na história como o ano da escolha da nossa segunda Miss Universo, a baiana Martha Vasconcellos. Martha e Fátima Acris se destacaram na sua preparação do concurso e na expressiva divulgação de suas fotos nas revistas e jornais de grande circulação em todo o país.

O concurso de âmbito nacional aconteceu no dia 29 de junho de 1968, no Ginásio do Maracanãzinho, Rio de Janeiro. Foi promovido pelos “Diários e Emissoras Associados” e foi transmitido pela saudosa TV Tupi. Houve a participação de 25 candidatas, representando os Estados e Territórios brasileiros. A grande festa nacional da beleza começou com a apresentação em traje de gala, em seguida em trajes típicos e finalizou com traje banho (maiô).

Fátima Acris

O resultado do concurso elegeu Martha Vasconcelos como Miss Brasil 1968 e ela foi credenciada para representar o Brasil no Miss Universo, que aconteceu no dia 13 de julho de 1968 no Miami Beach Auditorium, em Miami Beach, Flórida, nos Estados Unidos. E novamente, Fátima Acris foi acompanhar mais uma vez Martha receber um título, o segundo Miss Universo para o Brasil.

Fátima Acris
Fátima Acris no Rio de Janeiro

Fátima Acris foi a única coariense a participar de um concurso nacional do Miss Universo até hoje. Contudo, tivemos mais duas Miss Amazonas: Mara Alfrânia Batista Batalha (1991) e Cleomara Araújo (1992).

Fátima Acris
Fátima Acris usando seu Traje Típico no Miss Brasil
Revista Cruzeiro – 1968

Desde a década de 60, Coari tem a tradição de revelar grandes talentos para os concursos de beleza ao nível estadual e até nacional. Fato que vem influenciando diretamente nesses 50 anos a paixão dos coarienses pelo concurso de Miss Coari e ajudaram nossa cidade a ser chamada “Terra de Mulher Bonita”.

Fátima Acris

Fica aqui minha homenagem à Fátima Acris, que neste ano de 2018, completa 50 anos de seu eterno reinado. Dona de uma beleza suave, angelical e sobretudo, que irradiou sempre simpatia. Essa mulher que saiu de sua cidade, onde trabalhava nas Casas Pernambucanas e, no período de um mês, partiu para o mundo, deixando em Sua Coari um legado de dignidade e uma história que influenciou sempre o empoderamento da Mulher Coariense.

Fátima Acris
Retorno de Fátima Acris a Coari
Fátima Acris
Retorno de Fátima Acris a Coari
Fátima Acris
O Jornal, 07 de julho de 1968

[1] Tribo também conhecida por Solimões, a mais guerreira e brava dessa região.
[2] Tribo de mulheres guerreiras conhecidas por Amazonas, que não aceitavam a presença masculina em sua tribo.

Leia mais sobre a cultura coariense:

A História do Miss Coari (1940 – 1979)
Minhas memórias do festival folclórico coariense (1976–1993)
Minhas Memórias da Festa da Banana – 1989 a 1991
Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas
Como se Preparar para o Miss Coari – Notícias de Coari
Cleomara vence o Miss Amazonas em 1992

Cleomara vence o Miss Amazonas em 1992

Nesse texto podemos observar a narração da Folha de Coari sobre o concurso Miss Amazonas 1992 que aconteceu na cidade de Itacoatiara e foi vencido pela coariense Cleomara Araújo.

Miss Coari
Cleomara Araújo e Mara Alfrânia

A beleza da mulher de Coari venceu pelo segundo ano consecutivo o concurso Miss Amazonas, realizado em Itacoatiara, no dia 1º de maio de 1992, na casa noturna Amazon Night.

A vencedora do concurso foi Cleomara de Araújo Costa, 17 anos, com 276 pontos. O segundo lugar ficou com a representante de Itacoatiara, Wicilene Brandão, 271 pontos, e a terceira classificação foi da candidata de Maués, Rosana Dias Pereira, com 268 pontos.

O prêmio da primeira classificada foi Cr$ 1 milhão, o da segunda, Cr$ 500 mil; o da terceira, Cr$ 200 mil. Este foi o terceiro ano de realização do Miss Amazonas Estudantil, promovido pelo grupo folclórico Dança do Vinho. O evento tem o apoio da Prefeitura de Itacoatiara. O seu objetivo, conforme os realizadores, é o de promover a integração dos municípios do Estado.

Miss Coari
Cleomara Costa

O concurso iniciou às 22h do dia 1 de maio, e 15 candidatas, representando vários municípios, inclusive uma de Manaus, desfilaram para a plateia que lotou a Amazon Night. Às 4h30min, da manhã de sábado, após a apresentação de diversas atrações, o resultado foi divulgado. Cleomara Costa foi eleita a Miss Amazonas Estudantil/92.

A coroa e o cetro foram entregues à vitoriosa pelas mãos da, também coariense, Mara Alfrânia Batalha, vencedora do concurso no ano passado. Cleomara Costa disse sentir-se feliz por levar o bicampeonato para Coari. Ela agradeceu o apoio da Prefeitura de seu município que patrocinou a sua ida para Itacoatiara, os trajes de noite e traje típico, usados nos desfiles.

Muitos prefeitos estiveram presentes no concurso e diversos municípios levaram caravanas de pessoas para torcerem por suas candidatas. A representação da Prefeitura de Coari em Manaus alugou um ônibus leito, que foi colocado à disposição dos coarienses.

Quem é Cleomara ?

Cleomara de Araújo Costa, coariense da gema, filha do bancário Almir da Silva Costa (Mica) e da enfermeira Graça Araújo. Viveu sua infância e juventude morando na rua 2 de agosto, no bairro Tauámirim.

Foi uma aluna da escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na década de 80, se destacou muito nas atividades culturais e nos esportes, tornando-se atleta da seleção coariense de handebol na posição de ala.

Miss Coari
Cleomara de Araújo Costa na II Festa da Banana em 1990
Mara e Cleomara
Entrega da Coroa, Faixa e Manto entre as coarienses no Miss Amazonas

Fonte: A Folha de Coari.

Leia mais em:
Cobra Grande do Lago de Coari, no rio Amazonas
I Festa da Banana – 1989
A História do Miss Coari (1940 – 1979)
Cleomara
Fátima Acris – 50 Anos de Nossa Primeira Miss Amazonas